A Guide Investimentos adotou uma abordagem alternativa para identificar as principais empresas que distribuem dividendos, elaborando uma carteira teórica com maior valorização e proventos superiores ao Índice de Dividendos da B3 (IDV) ao longo de 10 anos. Uma estratégia comum de investimento em ações é escolher ativos que ofereçam dividendos elevados de forma consistente.
Normalmente, os investidores desses ativos esperam receber proventos regulares, buscando ativos com menor risco. Atualmente, a referência primária para esse tipo de investimento no Brasil é o Índice Dividendos da B3 (IDIV), que abrange um período de 36 meses. No entanto, o IDIV pode incluir empresas que possivelmente se tornarão más pagadoras de dividendos no futuro.
O Índice Dividendos da B3 (IDIV) é um índice de retorno total, reinvestindo proventos, e impõe alguns critérios para as ações em sua composição:
- Estar presente em 95% das sessões de negociação nas últimas 3 carteiras;
- Não ser considerado penny stock;
- Estar entre os 33% dos ativos com os maiores dividend yields nos últimos 36 meses;
- Ter o somatório dos dividend yields de cada 12 meses consecutivos, observados nos últimos 36 meses, maior que zero.
Os rebalanceamentos ocorrem a cada quatro meses ou três vezes por ano, sendo o peso dos ativos baseado principalmente no dividend yield médio dos últimos 36 meses, com considerações para a liquidez que também influencia o peso dos ativos no índice.
Existe uma alternativa para criar uma referência mais precisa das boas pagadoras de dividendos no Brasil. A Guide Investimentos realizou uma análise das empresas que fazem parte do Índice Brasil Amplo de Ações (IBrA), com os maiores pagamentos de proventos nos últimos 36 meses, similar ao IDIV.
No entanto, a Guide excluiu os chamados outliers, ou seja, empresas que ultrapassaram dois desvios padrões acima da média histórica ou da média do IBrA no mês. Isso resultou na exclusão de empresas que provavelmente foram grandes pagadoras de dividendos extraordinários e não recorrentes. Com esse filtro, a Guide considerou os últimos dez anos e dividiu as empresas em cinco grupos, sendo o primeiro com as maiores pagadoras de dividendos e o quinto com as piores.
A tabela abaixo apresenta a composição atual do portfólio, que inclui 36 ativos, um número inferior ao IDIV, que atualmente conta com 47.
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